25 discos nacionais que marcaram 2025, do pop ao rap

16/12/2025

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Por: Vitória Prates

Fotos: Reprodução

16/12/2025

Talvez a palavra que melhor define a cena musical brasileira em 2025 é fertilidade. Artistas de diferentes gerações e trajetórias reforçaram o protagonismo de vozes que dialogam com a tradição e a inovação ao mesmo tempo, do mainstream à música independente. 

Ajuliacosta apresenta um Novo Testamento (2025) para o rap, com mais presença feminina na cena. Este pensamento ainda é reforçado por Tasha & Tracie, com o aguardado primeiro álbum Serena & Venus (2025). O “rap gótico” das gêmeas ainda traz toques de house, R&B e funk, em uma narrativa sobre o sistema prisional. 

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Outro lançamento que agitou os fãs de hip-hop foi Bunmi (2025), de Stefanie. Disponível em pré-venda no NRC+, a rapper paulistana estreia solo depois de 20 anos de carreira, consolidada por grupos como Simples, Pau-de-Dá-em-Doido e Rimas & Melodias.

Quem gosta da pista de dança já deu play em Rock Doido (2025), quinto álbum de Gaby Amarantos. Com uma estética que não passa despercebida — recriando a atmosfera das festas de aparelhagem — o tecnobrega é elevado a máxima potencial, reforçando o Pará como caldeirão cultural do Norte. 

A lista segue com Terno Rei e Nenhuma Estrela (2025). O álbum, que traz parceria com Lô Borges na faixa “Relógio”, repete a fórmula de sucesso deles, que são já considerados ícones do pop-rock nacional. Outro lançamento na mesma pegada é a aguardada estreia dos Jovens Ateus, Vol. 1 (2025) apresenta o grupo paranaense, com o som que eles definem como “mosh triste”, trazendo composições melancólicas, mas cheias de referências sonoras do pós-punk oitentista.

Ninguém teve medo de ser divertido — caso de Pelados em Contato (2025) e eliminadorzinho em eternamente, (2025). Quem gosta de rock ainda foi brindado com Caminhos Selvagens (2025), álbum de Catto, retornando após sete anos sem inéditas, com guitarras afiadas e inspirações em grandes divas, como PJ Harvey e Alanis Morissette.

Alguns dos lançamentos mais marcantes de 2025 passaram pelo catálogo do NRC e do NRC+ e chegaram a ser indicados ao Grammy Latino. — a exemplo de Coisas Naturais (2025), de Marina Sena, uma das queridinhas do pop nacional. Em seu terceiro álbum, a mineira ainda reforça as conexões da música nacional com o restante da América Latina, trazendo referências da bachata, estilo típico da República Dominicana. 

Outro sucesso na premiação foi Um Mar Pra Cada Um, (2025) que garantiu para Luedji Luna a estatueta por “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira” — título #99 do clube. 2025, inclusive, foi um ano de efervescência criativa para a soteropolitana, que também lançou Antes Que a Terra Acabe (2025) — lançado no NRC+. Amor e ancestralidade, banhados por jazz e o soul, são seu mote para os álbuns-espelhos. 

Vale destacar, ainda, o retorno primoroso de Rubel com Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso? (2025), com sonoridade mais próxima de sua estreia, Pearl (2013), com instrumentação sutil, voz e violão que consolidou o carioca na nova MPB. 

E, por falar na nova MPB, Zé Ibarra despediu-se do Bala Desejo e reforça seu caminho solo com Afim (2025) — título de dezembro do NRC e indicado a Melhor Canção em Língua Portuguesa no Grammy Latino com “Transe”. No álbum, o carioca é confessional, em disco que também se divide como compositor, produtor e intérprete — regravando faixas de Ítallo França (“Retrato de Maria Lúcia”), Sophia Chablau (“Segredo”) e Maria Beraldo (“Da Menor Importância”). 

Rachel Reis explora o canto da “sereiona” em Divina Casca (2025), seu segundo álbum, disponível no NRC+. Seu pop suingado se une a seu carisma e presença de palco. No repertório, assim como Zé, ela traz uma releitura, dessa vez de “Sexy Yemanjá”, clássico de Pepeu Gomes, que, neste ano, também foi regravada por João Gomes. 

A Noize seleciona 25 discos nacionais que marcaram 2025, com uma seleção que atravessa estilos, dos registros mais íntimos às produções cheias de ruptura, o ano trouxe discos que conversam com espiritualidade, política, pista de dança, afetos e muito mais. 

Ajuliacosta – Novo Testamento

Alaíde Costa – Uma Estrela Para Dalva

Catto – Caminhos Selvagens

Clara Lima – As Ruas Sabem

Ebony – Km2

eliminadorzinho – eternamente,

FBC – Assaltos e Batidas

Gaby Amarantos – Rock Doido

Irmãs de Pau – Gambiarra Chic Pt.2

Jadsa – Big Buraco

Jovens Ateus – Volume 1

Julia Mestre – Maravilhosamente Bem

Luedji Luna – Antes Que a Terra Acabe

Luedji Luna – Um Mar Pra Cada Um,

Marina Sena – Coisas Naturais

Pelados – Contato

Rachel Reis – Divina Casca

Rubel – Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso?

Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro – Handycam

Stefanie – Bunmi

Tasha & Tracie – Serena & Venus (Lado A)

Terno Rei – Nenhuma Estrela

Urias – Carranca

Vanessa da Mata – Todas Elas

Zé Ibarra – Afim

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16/12/2025

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Vitória Prates