5 estilos musicais em “Antes Que A Terra Acabe”

21/08/2025

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Por: Vitória Prates

Fotos: Divulgação

21/08/2025

Luedji Luna não é artista de caminhos óbvios. Com uma trajetória marcada pela fusão de ritmos e pela potência lírica, a cantora baiana reafirma sua versatilidade em Antes Que a Terra Acabe (2025), título #11 do NRC+. , que está disponível para venda antecipada no site.

A obra transita com fluidez por diferentes paisagens sonoras, refletindo a multiplicidade de referências que compõem sua identidade artística. As participações de Alaíde Costa, Arthur Verocai, Mc Luanna, Seu Jorge, Robert Glasper e Rapsody ajudam a construir o mosaico sonoro do álbum.

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“Chamei várias mentes brilhantes para compor o disco, que tem linguagens variadas. As músicas possuem diálogos entre si, ainda que contem com a mesma vibe. Brifei cada produtor para não ficar uma farofa, não que eu não goste, afinal, sou nordestina, mas para que o som fizesse sentido e não ficasse destoante”, lembra Luedji.

Abaixo, conheça cinco estilos musicais presentes na obra. Quer conhecer mais sobre a pluralidade sonora de Luedji Luna? Compre o vinil de Antes Que a Terra Acabe (2025) no NRC+. O kit completo traz, além de LP marrom translúcido, cartão postal e luva dupla.

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Jazz

Uma das marcas registradas da baiana é a mistura do jazz com ritmos brasileiros. Presente em toda sua discografia, em Antes Que A Terra Acabe (2025), vale destaque para faixa “Outono”, com participação dos pianos de Robert Glasper.

O jazz brasileiro não é deixado de lado com o brilhantismo de Arthur Verocai na faixa de abertura “Apocalipse”. Voltando na discografia, Um Mar Pra Cada Um, (2025) — #99 do NRC —, Luedji teve como grande inspiração o saxofonista norte-americano John Coltrane, em especial sua obra Love Supreme (1965). Entre complexidade vocal e harmonia sofisticadas, uma das maiores influências de Luedji é a cantora e compositora nigeriana Sade — prova é a bem-sucedida tour Luedji Luna Canta Sade.

“Ela é a artista que eu gostaria e quero ser. Um farol para a minha carreira. Sossegada na dela, sem ter que apelar pra fama ou pra vida pessoal. Grandérrima, ícone de moda, comportamento, música — tudo. Me enxergo nessa vibe: no namoro com jazz, no canto mais plácido e na voz aveludada. Esse show me devolveu o gozo por cantar, me trouxe liberdade no palco”, conta Luedji.

Neo soul

Soul — que, na tradução, significa alma — é um movimento sem medo de explorar o que há de mais íntimo em si. O gênero nascido nos anos 60 é constantemente reinventado por artistas contemporâneos.

Entre os temas favoritos da baiana para suas composições, está o amor. “Em Antes Que A Terra Acabe, eu me mostro terrena, humana, ordinária. Nas nossas experiências amorosas, também nos deparamos com as nossas estranhezas, contradições e com a nossa feiura. É um disco que me expõe ainda mais que o anterior”, conta a cantora.

A paixão pelo neo soul de Luedji também se deve a uma das suas maiores inspirações, a cantora, compositora e produtora norte-americana, Erykah Badu. Quando Erykah se apresentou em São Paulo, no ano passado, Luedji foi responsável pelo show de abertura.

Bossa nova

Esse estilo musical, que teve seu apogeu nos anos 1950, continua vivo graças ao trabalho de diversos artistas. No álbum Antes Que A Terra Acabe (2025), Alaíde Costa, a maior representante viva do gênero, marca presença na canção “Bonita”.

Rap

O jazz e o soul são cheios de história, mas que também permitem conexões com gêneros mais jovens. Nessa, entra o rap, que, em Antes Que A Terra Acabe (2025) fica por conta de Rapsody e Mc Luanna. As duas participam da faixa “Pavão”, um hino sobre autoamor.

Mas essa não é a primeira vez que Luedji faz feats com rappers: no EP Mundo (2019), participam Djonga — na faixa “Saudação Malungo” e Rincon Sapiência — em “Dentro Ali”.

MPB

Com sua discografia, a cantora contribui para a consolidação da nova MPB — movimento que atualiza nossa música popular com sonoridades contemporâneas. Aqui é possível citar Antes Que A Terra Acabe (2025) em sua completude, mas para dar um exemplo específico citamos a faixa “Mara”.

Quem ouviu o álbum pelo Spotify se encantou com Milton Nascimento sendo listado entre as participações. Sentimos decepcionar ao avisar que Bituca não canta com a baiana — ainda que seja um feat dos sonhos por aqui —, mas ela compilou letras do músico para a faixa.

“E que aquela canção dizendo: Deus é que sabe de ti e eu não mereço um beijo partido” em referência a música “Beijo Partido” e a homenagem direta no trecho: “Mais bonita que um falsete do Milton”

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21/08/2025

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Vitória Prates