Não é de hoje que o Black Keys garante estar insatisfeito com a música. “As pessoas passaram a achar ok uma banda como o Nickelback ser a maior do mundo”, já disse o baterista Patrick Carney em janeiro deste ano.
Muitos ficaram chocados. No fundo ninguém se ofendeu.
Em entrevista exclusiva à edição 51 da NOIZE, Carney foi além. Buscou no cerne da música atual os motivos pra morte do rock, que ele tanto proclama. “(hoje) Tudo soa tão processado, soa como merda. E essa não é a verdadeira ideia do rock’n’roll”, afirma.
Dor de cotovelo? Tempos atrás, talvez. Com dez anos de formação, o Black Keys também conhece agora o gostinho do sucesso.
El Camino, sétimo álbum da dupla, estreou no 2º lugar na Billboard 200, ranking que elege os 200 discos mais vendidos nos EUA. Na gringa, publicações conceituadas como o The Guardian e a Spin Magazine colocaram a bolacha acima de grandes álbuns do mesmo ano, até mesmo de nomes já solidificados como os Arctic Monkeys e Foo Fighters.
O segredo disso tudo talvez esteja na humildade de Carney. Ele parece não se preocupar com quem fica o rótulo de salvação do rock. “Eu não me importo se essa ou aquela é a maior banda do mundo. Desde que não seja uma banda na qual as guitarras soem como purê de batatas”. E o músico diz mais: “Eu prefiro então que os Strokes se tornem a maior banda de rock do mundo”.
Simples assim.
Para ler mais declarações bombásticas do baterista do duo norte-americano, corre lá na NOIZE #51.