A Chococorn and the Sugarcanes foi formada em 2021 por amigos que se juntaram para tocar em uma festa de Halloween. Eles gostaram tanto do resultado que decidiram seguir juntos. E, assim, Alexandre Luz, Filipe Bacchin, Pedro Guerreiro e Pietro Sartori saíram diretamente de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, para mostrarem ao mundo que o Brasil também faz midwest emo — ou, para nós, “emo caipira”.
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As referências da banda seguem a cartilha do midwest emo e do rock experimental, como American Football, Radiohead e Polara. Essas sonoridades podem ser notadas no primeiro e único álbum da banda, Siamês (2024), que teve como primeiro single “Caminhão de Mudança”.
O diferencial da banda mora na capacidade vocal de todos os integrantes: eles cantam e dividem os momentos melódicos dentro de cada faixa, trazendo a singularidade de cada integrante para os trechos. Espere por coros de muita qualidade e versatilidade, alterando o vocalista principal a cada música.
“Percebemos nossas individualidades e entendemos que não tinha muito bem um porquê de deixarmos os vocais para apenas uma pessoa. É mais fácil se conectar com e expressar vocalmente e artisticamente o que você mesmo escreveu. Normalmente, cada um canta o que é da própria autoria”, diz o baixista Pietro Sartori.
“É a primeira vez que pegamos uma música já composta nossa e tentamos dissecá-la pra entender seus fortes e o que podia mudar para uma nova versão. É uma experiência bem rica poder despir a música dessas influências iniciais e vê-la pelos olhos de um acústico, ou até nos aproximando de nossas referências, como Los Hermanos, que foi uma grandíssima influência na composição original dessa música,” destacou Pietro.
Novo emo
Com apreço pelos amigos contemporâneos da cena emo brasileira, Pietro também destacou algumas bandas como Hídio, Chão de Taco, metonímia e Eliminadorzinho que, junto da própria Chococorn, representam uma renovação do emo brasileiro, que se reinventa com tantos jovens prontos para fazer da melancolia sua maior arma na hora de escrever.