O caráter colaborativo é parte estruturante da forma do 5 a Seco fazer música. Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderoni escreveram as faixas de Sentido (2024), novo álbum de estúdio do grupo, a duas, quatro ou até mesmo seis mãos.
“É uma síntese do agora, da amizade entre nós. É também a celebração da contribuição de cada um. Todo mundo tá ali celebrando a nossa amizade e a força desse encontro”, declarou Vinícius.
Além do quinteto, há também outras participações na composição e interpretação das faixas. Ídolos, familiares ou amigos ajudaram na elaboração das canções de Sentido, remontando às origens do grupo. “No início, a gente falava que não era uma banda, mas um coletivo de compositores”, relembra Calderoni.
Abaixo, leia mais sobre cada um dos participantes do álbum, disponível em vinil na assinatura do NOIZE Record Club.
Chico Buarque
Vinicius Calderoni escreveu a peça Nossa História, na qual é contada a trajetória de uma família com base no repertório de Chico Buarque. Por causa da peça, Vinicius conseguiu o e-mail do artista. Ao compor “Comédia de Enganos”, enviou um convite para Chico participar – e ele topou! “É um grande momento da vida artística de todos nós. Ouvimos Chico desde que nascemos”, disse Tó Brandileone. O compositor dispensa apresentações e é autor de clássicos da música brasileira, como “A Banda”, “Construção” e “Cálice”.
Alfredo Del Penho
Cantor, compositor e ator, foi responsável pela direção musical da peça Nossa História com Chico Buarque, de Vinicius Calderoni, com quem coescreveu “Comédia de Enganos” e também já colaborou em outros projetos teatrais. “Fiquei muito honrado quando soube que a música tinha sido escolhida para entrar no disco”, declarou. Tem cinco álbuns lançados em sua trajetória solo: Pra Essa Gente Boa (2015), Samba Sujo (2015), Argumento – Canções de Sidney Miller (2018), Samba Só (2018) e Dois Bicudos (2024).
Beto Lemos
Divide com Alfredo a direção musical do espetáculo teatral de Vinicius sobre as canções de Chico Buarque e também atua como coautor em “Comédia de Enganos”. Além de cantor, compositor e produtor, é multi-instrumentista e lançou, ao lado de Jefferson Gonçalves, o álbum Paisagens Sonoras (2018). Também ministra cursos livres sobre ritmos tradicionais da música nordestina, como o coco de roda, reisado e maracatu.
Paulo Novaes
O compositor assina “Amor e Só” com Tó Brandileone. Vencedor do Grammy Latino, tem três álbuns solo, incluindo Esfera (2016), Baú do Coração (2018) e Minha Cabeça (2021). Suas canções foram gravadas por artistas renomados como Lenine, Jorge Drexler e Anavitória, além de ser um dos idealizadores da TXAI Band, projeto de gravação e difusão das músicas indígenas. “O que eu sempre achei mais mágico na música foi a composição. Não à toa, hoje é o meu principal ofício.”
Celso Viáfora
Pai de Pedro Viáfora, com quem escreveu a faixa “A Vida Vi”, possui uma extensa carreira como cantor, letrista, violonista e arranjador. Possui dez álbuns lançados, entre eles Paixão Candeeira (1996), seu álbum de estreia, e A Vida É (2021), seu mais recente trabalho. Ao longo da carreira, estabeleceu parcerias com Ivan Lins, Beth Carvalho, Seu Jorge e MPB4. Também é co-autor de “Plano A”, ao lado de Tó Brandileone e Vinicius Calderoni, e de “Deixa Eu Gostar de Você”, com Pedro Altério.
Léo Versolato
Cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor, coescreveu a canção “Quero-quero” ao lado de Leo Bianchini. Estreou em 2013 em carreira solo com o álbum Santo Bom, com repertório formado por canções autorais, seguido pelo single “Cachoeira” (2016), e neste ano lançou o single “Enfant Terrible”, com pitadas de indie rock. Também realiza apresentações ao lado de seu pai, o saxofonista Ubaldo Versolato.
