Eu Nunca Fui Embora (2024), décimo álbum de estúdio da Fresno, coroa a trajetória bem sucedida de 25 anos de banda. Apesar de oriundos da cena hardcore e posteriormente um dos nomes do boom do emo nacional, o grupo amplifica o seu leque musical, com elementos da música pop e da MPB.
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Parte importante na construção da sonoridade do disco e da narrativa comemorativa da obra passa pelos convidados que a banda chamou para somarem com suas vozes às faixas. De Dead Fish à Catto, passando por NX Zero, os nomes mostram os diálogos estabelecidos pela Fresno ao longo de sua história.
“Criamos músicas que realmente precisavam dessas participações, para que ficassem como imaginávamos. E esses feats também revelam o espectro dos artistas com quem a gente tem amizade, se relaciona e admira”, comentou Lucas Silveira.
Abaixo, confira o que o vocalista e produtor da banda tem a dizer sobre cada um dos artistas convidados para participar de Eu Nunca Fui Embora.
Dead Fish
“É uma banda com quem a gente dividiu muito chão. Eles eram a maior banda de hardcore do Brasil e a gente era a banda iniciante que abria os shows. Rola esse estranhamento por parte do público, tipo ‘o que é que tem a ver?’. Depois, a pessoa vai atrás e descobre a história”.
NX Zero
“Era quase uma dívida pública que a gente tinha com os fãs e com o mundo. Como é que nunca tinha rolado um feat entre Fresno e NX Zero, as duas bandas do auge do emo? A gente encontrou a música perfeita para isso e é uma faixa que a gente realmente está trabalhando bastante, inclusive em rádio”.
Catto
“A gente estava no Altas Horas, ela cantou uma música da Gal Costa. Lembro de olhar para o Guerra e pensar: ‘É ela’. Geralmente, as nossas músicas sobre relacionamento falam do ponto de vista masculino, mas essa faixa traz a visão feminina, da outra pessoa — com um tom dramático, quase de novela. A interpretação casou perfeitamente”.
