Destaque na era do rádio e dos sambas-canções, Agostinho dos Santos teve uma carreira curta, mas que deixou sua marca na sua música popular brasileira. Sua história é contada no documentário Agostinho (2025), que estreia nesta quarta-feira (30/7), às 19h.
Dirigido por Ney Inácio, o filme terá exibição única no Cine Satyros Bijou, em São Paulo. A filha de Agostinho, Nancy dos Santos, também participa da produção do longa, que traz imagens raras e inéditas do cantor paulistano.
Para além da carreira na música, Agostinho (2025) quer reverenciar o ativismo do músico contra o racismo estrutural. Após sua filha, ainda criança, ser expulsa da escola por ser negra, ele se uniu a outras lideranças negras e fundou o clube “Aristocratas”, exclusivo para negros, que recebeu Cassius Clay, Jackson Five e Josephine Baker.
Por fim, entre os entrevistados, estão: Sérgio Mendes, Roberto Menescal, Zuza Homem de Mello, Martinho da Vila, Ruy Castro, Angela Maria, Agnaldo Timóteo, Marcos Valle, Edith Veiga, Moacyr Franco, Leny Andrade, Toquinho, Roberto Luna e Claudette Soares.
Carreira
Agostinho dos Santos iniciou a carreira nos anos 1950. Seis anos depois, lançou seu primeiro álbum homônimo. Nos anos seguintes, conquistou três Discos de Ouro e ficou marcado por interpretar clássicos de Tom Jobim e João Gilberto.
O trabalho de Agostinho ganhou projeção internacional com o filme Orfeu Negro (1959), vencedor do Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro”. Suas interpretações das faixas “Manhã de Carnaval” e “A Felicidade” integraram a trilha sonora da produção.
Agostinho foi um dos maiores difusores da bossa nova no mundo. Com turnês pelos Estados Unidos, Europa e América Latina, ele deixou sua marca na música. Seu falecimento veio precoce, aos 41 anos, em um acidente aéreo.
Exibição do documentário “Agostinho”
Data: 30/7 (quarta-feira)
Horário: 19h
Endereço: Cine Satyros Bijou – Praça Franklin Roosevelt, 172 – Consolação, São Paulo.
Ingressos: na bilheteria
Valor dos ingressos: R$ 10 (meia-entrada) a R$ 20 (inteira)