Entrevista de Quinta | Seu Bené: música pra compartilhar felicidade

19/04/2012

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Por: Revista NOIZE

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19/04/2012

Música, surf, skate, gatas, sol e aventuras: esse é o lema do Seu Bené. Por isso, o sexteto paulista buscou na Califórnia a sua inspiração. Parte do grupo morou um tempo por lá e descobriu que não podia viver sem fazer o que gosta. Ou seja, de volta ao Brasil, os caras resolveram levar a música a sério. À vontade de tocar juntaram as experiências, recrutaram novos integrantes e antigas composições que estavam guardadas nas gavetas. Entraram no estúdio e acabam de lançar de forma independente o primeiro disco, homônimo, que promete muito groove.

*

A gente bateu um papo com o Gus, guita e vocal do grupo, pra saber qualéqueé.

NOIZE: A ideia da banda surgiu na Califórnia? Como isso aconteceu?
Gus: A gente já tinha banda antes, mas tocava por prazer. Sempre fomos muito amigos. Fomos pra Califórnia em 10 caras e começamos a trabalhar. Aos domingos, rolava um cassino e nos propusemos a tocar lá. Mostramos nosso trabalho pro dono e fizemos um show. Sentíamos saudades de fazer música. Eles arranjaram todos os instrumentos – e cerveja – pra nós. Foi sucesso. A gente não cobrava. Mas a gente bebia muito viu? Então voltamos pro Brasil e começamos a tocar todos os finais de semana em São Paulo. Só dois da banda não tinham ido pra Califórnia, mas todo mundo já tinha banda antiga, já compunha. Entramos no estúdio em 2011. O Seu Bené é um mix de repertório.

NOIZE: No início da carreia é preciso saber se vender. Por que merecem ser ouvidos?
G: Ouça o CD. Aí todo mundo gosta. Não tem erro.

NOIZE: Quem inspira a banda?
G: Música. Planet Hemp, Raimundos, Rappa, Tim Maia…

NOIZE: Primeiro álbum lançado. Rola definir um estilo pro som?

G: Temos que definir porque a galera pergunta, mas não gostamos de rotular. Enfim, rock ska funk. Mas tem mais que isso.

NOIZE: Já “sobrevivem” com os frutos do Seu Bené?

G: Estamos vivendo. Fazendo turnês, marcando shows. Graças a Deus temos o apoio dos nossos pais, mas ainda não ganhamos dinheiro. É muito difícil viajar em seis músicos divulgando um disco que ninguém conhece. E não vamos tocar covers – vende o Seu Bené aí!

NOIZE: Depois do primeiro álbum, qual o próximo passo?
G: Queremos outro álbum para o próximo ano de qualquer jeito. Se não tiver proposta de gravadora, vamos fazer nós mesmos. Vamos ver o que acontece. Fizemos planos em rádios, mas não temos dinheiro pra pagar. Então, por enquanto, não vai tocar na rádio. A internet ajuda muito, mas não resolve.

NOIZE: O clip de “Spidifunk”, como vocês mesmo descrevem, é um “groove safado que mistura Tim Maia Racional com Red Hot das antigas para exaltar que ´felicidade tem que ser compartilhada´”. Felicidade é o que acontece no clipe?
G: Sim. É esse o clima. E estamos tentando fazer essa felicidade durar o máximo tempo possível.

NOIZE: Então, dá pra dizer que o lifestyle do Seu Bené é o que se retrata nas músicas?
G: Cada música é uma história. Não escrevemos juntos normalmente. O disco é meio eclético, por isso tem uma pegada diferente a cada música. Mas como andamos juntos desde os 15 anos, levamos o mesmo estilo de vida.

NOIZE: Se o Tim Maia estivesse vivo, ele chamaria vocês pra tomar umas e falar de música?
G: Com certeza não. O Tim Maia era um fanfarrão. Iria fazer o show dele e cair fora. E ia nos chamar de moleque. Mas ele era muito mais louco que a gente.

NOIZE: A festa perfeita pra compartilhar felicidade está pra acontecer. Só falta chamar os artistas. Quem entra na lista, como seria?
G: Um show gigante que terminasse numa balada animal. No backstage: Planet Hemp, Raimundos, Charlie Brown Jr., Rumbora, Red Hot, Sublime, Jimmy Hendrix, Foo Fighters, Sly & The Family Stone e (o falecido)James Brown (mas ele devia ser meio chato, não sei se ia se divertir com a gente). Cerveja não poderia faltar, e o whisky estaria certamente presente. Y otras cositas más.

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