Ninguém esperava que Elvis Presley fosse nos deixar na manhã do dia 16 de agosto de 1977. Sua morte não abalou só os fãs e a família, como seus colegas de palco, que percorriam os Estados Unidos com o Rei do Rock.
20 anos depois, a banda que acompanhou Elvis nos anos 70 decidiu fazer um show em homenagem a ele. “Elvis in Concert”, uma apresentação similar as que ele fez em junho de 1977, aconteceu em Memphis com a banda e os vocais de apoio originais de Elvis. Nos telões de LED passaram imagens do cantor, enquanto a banda e os vocais o acompanhavam ao vivo no palco. A voz de Elvis saiu muito clara graças à Elvis Presley Enterprises, que eliminou os ruídos das gravações originais do cantor, deixando só a voz dele. O show fez tanto sucesso que a produtora, o diretor Randy Johnson e o diretor musical Joe Guercio decidiram fazer uma turnê mundial de “Elvis Presley in Concert”.
A turnê passa pelo Brasil mais uma vez esse ano. Os shows começam amanhã, dia 17 de outubro, em Brasília. Clique aqui para mais informações sobre os shows “Elvis Presley in Concert” no Brasil.
Mas o que faz com que o show lote estádios e emocione milhares de pessoas não são somente os vídeos e a voz original de Elvis. Como o diretor musical e maestro da banda original Joe Guercio nos contou, é a energia que emana do público e dos integrantes originais da banda que fazem com que a plateia sinta a presença de Elvis no palco. Confira abaixo os melhores momentos da entrevista que nós fizemos com Joe Guercio, um homem que conviveu por algum tempo com Elvis Presley.
O que você acha que faz com que Elvis Presley pareça estar vivo no show?
Eu acho que são as pessoas da banda original de Elvis, porque é tudo energia, é tudo energia.
É por isso que o público sai emocionado do show mesmo que o Elvis não esteja realmente no palco?
Ele está no palco, se você quiser acreditar nisso. Esse é o espírito. Isso é o mais próximo do que seria se fosse real. As pessoas querem a música de Elvis. O show funciona muito bem porque as pessoas entendem a ideia dele e por isso nós tivemos sucesso com ele. Eu tenho certeza que se você for no show vai perceber que nós [a banda e Elvis Presley] éramos como uma família. Nós crescemos juntos. Quando ele era vivo, nós fazíamos muitas turnês. Nós levamos para o show esse sentimento de pertencer à família de Elvis Presley. Todo mundo dessa época estava no primeiro “Elvis in Concert” e sabia o que fazer, parecia que nada tinha mudado! Exceto quando a gente foi tocar “Bridge Over Troubled Water” e colocamos o vídeo de Elvis cantando. As garotas ficaram tão emocionadas que nós tivemos que fazer um intervalo de 20 minutos, mas depois nós voltamos sorrindo e fazemos o show desde então. É por isso que ele é real.
O quão próximo você era de Elvis?
Quando nós estávamos no palco, todos éramos como irmãos e irmãs. Quando nós estávamos em turnê, a gente se divertia muito juntos. Nós jantávamos juntos. Eu diria que nós éramos “companheiros de palco”. Ele tinha um respeito pelas pessoas que tocavam no palco com ele bem diferente do respeito que ele tinha pelos outros empregados. O jeito como ele nos tratava era fantástico. Ele nos levava a festas depois dos shows, nós bebíamos alguns drinques juntos, conversávamos.
Elvis nunca tocou fora dos Estados Unidos. Você acha que ele gostaria de saber que seu show está pelo mundo inteiro?
Eu acho que ele amaria!
Como é a energia do público brasileiro?
As pessoas no Brasil tem um sentimento que eleva o nível da música. Todo lugar que você vá tem bossa nova, samba, quero dizer, é um lugar muito feliz e todo mundo é musical. O público é fantástico aí. Ele traz o sentimento certo para o show. E a participação do público brasileiro faz o show explodir, realmente faz.