Fresno abre o jogo em faixa a faixa de “Eu Nunca Fui Embora”, álbum que mistura emo, indie, pop e até sertanejo

11/07/2025

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Por: Erick Bonder

Fotos: Camila Cornelsen

11/07/2025

Após 25 anos de banda e 11 álbuns de estúdio, Lucas Silveira, Thiago Guerra e Vavo Mantovani ainda falam sobre suas músicas com a mesma emoção. Em Eu Nunca Fui Embora (2024), lançamento mais recente do grupo, a paixão transparece nas faixas, que contam com participações de Catto, Dead Fish e Nx Zero.

“Eu não me vejo fazendo outra coisa. Falando por mim, e sei que os caras também são assim:  eu acordo pensando em coisas da banda. A gente tá sempre fervendo, cozinhando. A Fresno é muito presente no nosso dia a dia”, declarou Guerra.

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O processo de criação do grupo é inicialmente capitaneado por Lucas, compositor de todas as faixas, e complementado por seus parceiros em estúdio. “A gente pensava muito assim: ‘Qual é o tipo de música que só a Fresno consegue fazer? A música que, se outra banda tocar, vai soar diferente, não vai ter aquele nosso jeito?’”, declarou Silveira.

A grande novidade é que Eu Nunca Fui Embora está disponível para audição em vinil no NRC+, em edição de colecionador. Garanta o seu exemplar com LP branco marmorizado, fanzine, pôster, cartão postar e patch bordado.

Para entender mais sobre as composições do álbum, conversamos com a Fresno sobre cada uma das faixas gravadas. Confira.

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1. “Eu Nunca Fui Embora”:

“Eu Nunca Fui Embora” é a faixa que fez o álbum existir. Quando trabalho em um disco, costumo fazer músicas soltas até o conjunto fazer sentido, mas essa foi diferente: logo na gravação, sentimos que, dali, nascia o álbum. Ela define o conceito e a cara do trabalho, servindo como ponto de partida para tudo que veio depois.

2. “Quando o Pesadelo Acabar”:

Essa faixa foi uma das primeiras que trabalhamos. Surgiu rápido, como se tivesse sido criada de uma vez só. Ela quebra a expectativa logo após a abertura, trazendo uma sonoridade densa e moderna, mostrando a diversidade do disco logo no início.

3. “Me and You (Foda Eu e Você)”

Essa é uma das favoritas do Guerra, surgiu espontaneamente em Lisboa. Tem influências do rock indie dos anos 2000, com uma batida para pista. Além disso, traz uma melodia com um toque brasileiro, quase Gilberto Gil.

4. “Camadas”

Nasceu da vontade de criar uma música simples, mas intensa, com uma vibe espiritual. Aos poucos, foi ganhando uma cara brasileira, quase um sertanejo com guitarra. É uma das faixas mais fortes do disco.

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5. “Era Pra Sempre”

Minha favorita, pensada para ter duas etapas e crescer até uma apoteose. Representa a maturidade da banda após 25 anos, com uma construção que leva o ouvinte em uma jornada. Ela é incrível ao vivo.

6. “INTERLUDE”:

Surgiu por uma necessidade técnica no lançamento da primeira parte no Spotify, que só classifica como “álbum” quando tem sete músicas. Mas virou um dos momentos mais interessantes do trampo. É atmosférico, feito com samples das músicas e vozes do disco.

7. “A Gente Conhece o Fundo do Poço”

Provavelmente a última música feita, foi criada para equilibrar o lado B do disco. Tem uma pegada clássica da Fresno, com força e atitude, e cumpre o papel de abrir essa segunda metade com personalidade, dando o tom para as faixas que vêm depois.

8. “Se Eu For Eu Vou Com Você”:

A faixa mais ouvida do álbum recentemente, com força pop e emocional. A participação do NX Zero ajudou a transformá-la em single natural. Tem uma sonoridade simples, direta e muito conectada, que reforça a relação da banda com seus pares e fãs.

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9. “Fala Que Ama”:

Música diferente do restante do disco, traz uma pegada dançante com influência do reggaeton e do ragga. Expande a forma como construímos melodias e acho que tende a agradar especialmente aos ouvintes mais recentes da banda.

10. “Essa Vida Ainda Vai Nos Matar”:

Um resumo da vida de músico, com participação do Dead Fish, parceiros de longa data. Fala sobre a persistência na carreira, mesmo com os riscos e desafios. Fecha um ciclo longo e reforça a conexão entre as bandas e seus trajetos.

11. “Diga Parte Final”:

É um desfecho importante para a história de fim de relacionamento contada nas partes anteriores de ‘Diga’. Com a participação da CATTO, traz um contraponto na voz feminina que fecha o ciclo e conecta tudo, como se fosse um diálogo.

12. “Canção Pra Quando o Mundo Acabar”:

A tradicional faixa final da Fresno, sempre com um tom soturno e solitário. Nasceu de um projeto paralelo e acabou se tornando o encerramento perfeito, trazendo uma carga emocional forte, que fecha o disco com a intensidade que sempre buscamos.

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11/07/2025

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Erick Bonder