De Don L a Psirico, feats de Rachel Reis em “Divina Casca” registram diversidade musical brasileira

11/07/2025

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Por: Vitória Prates

Fotos: Divulgação/Érico Toscano, Rets, Bel Gandolfo, Maria Mango e Bruno Melo. Reprodução/Instagram Psirico

11/07/2025

“Uma vez me perguntaram qual meu critério para fazer feat. Meu critério é: ser fã!”, comenta Rachel Reis, em entrevista a Noize. Foi esse norte que a guiou na escolha das colaborações de Divina Casca (2025), seu álbum mais recente.

A produção envolve pela sonoridade única, com elementos do jazz, samba, swing carioca, MPB, arrocha e pagode. Muito dessa mistura, tipicamente brasileira, em Divina Casca (2025) se deve pelos feats. Abaixo, conheça mais sobre cada um dos participantes do álbum, disponível para compra antecipada no NRC+.

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Leia também: Rachel Reis explora o canto da “sereiona” em “Divina Casca”

BaianaSystem

Com 16 anos de trajetória, o BaianaSystem surgiu para explorar as potencialidades da guitarra baiana, instrumento que deu origem ao trio elétrico. A banda se destacou ao combinar esse som com ritmos afro-brasileiros, além das influências da estética jamaicana dos sound systems.

Na formação, participam Roberto Barreto, Russo Passapusso e SekoBass. Frequentemente também colaboram João Meirelles, Cláudia Manzo, Junix, Ubiratan Marques e Ícaro Sá. SekoBass, inclusive, foi um dos produtores de Divina Casca (2025). Rachel Reis já tinha citado o grupo na música “20h”, que integra seu EP de estreia Encosta (2020).

“Com isso, eu sentia que rolava expectativa, em relação aos fãs, de ter um feat entre nós. Eu me inspiro muito neles. Além disso, eu e Russo temos uma ligação, de ter nascido na mesma cidade [Feira de Santana] e uma sonoridade que conversa”.

Don L

A maioria dos feats de Divina Casca (2025) está na faixa “Tabuleiro”. Um deles é Don L, que se consagra como um dos maiores nomes do rap nacional, Don L começou a carreira no grupo Costa a Costa e, solo, mostrou versatilidade dentro e fora da cena.

Sua discografia solo conta com 4 produções: Caro Vapor / Vida Veneno de Don L (2013), Roteiro Pra Aïnouz, Vol. 3 (2017) e Roteiro Pra Aïnouz, Vol. 2 (2021). Em junho, lançou seu quarto álbum: Caro Vapor II – qual a forma de pagamento? (2025).

Em 15 faixas, o projeto também traz colaborações que passeiam por diferentes gêneros musicais, como MC Dricka, Anelis Assumpção e Alice Caymmi. Para Rachel, “A caneta de Don L é de outro mundo”, contou a cantora.

Nêssa

Cantora, compositora e ilustradora de Salvador, Nêssa participa da faixa “Tabuleiro”, junto com Don L. Nome que desponta na cena pop, a artista colaborou na trilha sonora do filme Ó Paí, Ó 2 (2023), tem uma porção de singles lançados e também o EP Climão, Vol. 1 (2024).

“Nêssa é uma popstar”, declara Rachel Reis. No carnaval de Salvador, Nêssa dividiu o trio elétrico com Pabllo Vittar, Psirico, Léo Santana, Iza e Carlinhos Brown. Solo, levou seu repertório para o festival Afropunk, um dos maiores eventos de cultura negra.

“Uma menina negra que faz um pop original, sendo original, cantando e dançando muito no palco. Eu queria trazer ela para essa faixa, a voz dela combinou super bem com a minha e com o reggae que colocamos”, completa Rachel.

Rincon Sapiência

Rincon Sapiência é MC, produtor e empresário, ele fecha os feats da faixa “Tabuleiro”. Seu álbum de estreia, Galanga Livre (2017) entrou na lista dos 50 melhores álbuns do ano da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

Com turnês no Brasil e no exterior, ele já colaborou com Sidney Magall, Iza, Alice Caymmi, Rubel e, mais recentemente, com Rachel Reis. No ano seguinte da estreia do seu primeiro álbum, Rincon deu um passo na sua carreira e abriu o MGoma, seu selo musical.

Seu álbum mais recente Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps (2019) foi inteiramente produzido por ele. “Eu mostrei o trecho da música e ele entendeu imediatamente a linguagem”, fala Rachel Reis sobre a colaboração.

Psirico

Psirico é quase um alter-ego do cantor Márcio Victor. Depois de trabalhar com ícones, como Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Marisa Monte, João Bosco e Ivete Sangalo, ele criou o grupo, que se tornou a cara do carnaval de Salvador.

Dono da música “Lepo Lepo”, Márcio Victor é hit atemporal. Em Divina Casca (2025), ele participa da faixa “Apavoro”. “Eu queria que a música fosse um pagodão original, feito com os originais”, comenta Rachel Reis sobre a parceria.

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11/07/2025

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Vitória Prates