“Estou numa fase criativa”, diz Filipe Ret, que lança “Nume – Epílogo” com feat de BK

11/08/2025

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Por: Erick Bonder

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11/08/2025

Consolidado como um dos principais nomes do rap nacional há pelo menos uma década, Filipe Ret está no melhor momento da carreira. Após o sucesso de Nume (2024) — que chegou a estar no topo do Spotify global — o carioca traz uma versão deluxe do trabalho, Nume – Epílogo (2025), lançado em 17 de julho.

Nume está disponível em disco de vinil pelo NRC+. Garanta o seu kit com LP branco + livreto.

Ao contrário da primeira versão do disco, Epílogo é recheado por feats: BK, Sain, Orochi, Maru 2D, Alee e Daniel Shadow compõe o time de Ret no novo trabalho. Outra diferença está na capa da obra, que traz o artista sentado em primeiro plano, rodeado por amigos ao fundo.

“As escolhas surgiram de forma muito intuitiva. Foi uma boa maneira de dividir os trabalhos. O primeiro é mais conceitual e intimista; o segundo é mais, vamos dizer, coletivo. Até a capa é coletiva, aparece uma tropa comigo ali atrás. Esses dois discos são lados da mesma moeda”, refletiu o artista em entrevista à Noize.



Com a versatilidade característica de Ret, o trabalho passeia por diversas vertentes do rap, sempre com a assinatura do carioca: desde o trap até o boombap, passando até por uma “love song”, o disco traz inclusive uma faixa com influências do rock, abertamente inspirada nos santistas do Charlie Brown Jr., trazendo inclusive o baixo de Heitor Gomes, que tocou na banda. “Tenho uma conexão forte com Santos e o público de lá”, conta.

Ret avalia essa mistura sonora: “Nós somos esféricos: temos várias facetas para serem mostradas. Um artista tem obrigação de renovar e não ficar em uma coisa só”, conta. “O rap hoje é uma corrente que se aproxima de quase todos os ritmos. Então, não me sentiria bem limitado a um estilo, porque a musicalidade do rap é muito ampla. Sempre prezei pela versatilidade”, declarou Ret.

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“Estou vivendo uma fase muito criativa, graças a Deus, podendo trabalhar com pessoas maravilhosas. Tudo isso somou muito para eu ficar mais produtivo. Quanto mais você cria, mais você quer criar.  Você entra em um processo criativo que vai abrindo a sua mente e você vai enxergando dando mais coisas. Inclusive, já estou até querendo pensar no próximo disco, porque acredito que esse gás tem que ser mantido”, confessou o artista.

Filipe Ret - Nume Epílogo - foto Steff Lima (7)

Nova tour e faixa a faixa 

O artista ainda anunciou a turnê Nume, passando por 22 cidades. A gira começa em agosto, em São João do Meriti, no dia 22, e passará por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Recife, Manaus e Belo Horizonte, com encerramento previsto para o primeiro semestre de 2026.

Preparamos um faixa a faixa de Nume – Epílogo junto com o Ret. Confira os detalhes sobre cada música do novo álbum do artista.

1. “KGL’s”: É uma faixa underground, sem apelo popular imediato, mas senti que a cena precisava disso — de algo mais visceral, mais cru. Essa batida, feita com o Dallas, já existia há anos e eu estava esperando o momento certo para lançá-la. E esse momento chegou. BK tá voando, e o Sain, que eu admiro muito, trouxe a conexão com a área da Zona Norte carioca.

2. “Selvagem”: Som na skin clássica do Ret, um trap com pegada mais melódica, quase uma love song, mas ainda com o pé no rap. É um som muito característico meu, com uma vibe específica, que já vem da escola americana, mas com minha identidade.

3. “Grama Verde”: Aqui, sim, entramos numa love song de verdade. Tem linhas de rap, claro, mas é mais suave, melódica, talvez até mais pop. A faixa tem vencido muito no Spotify, o que mostra que esse lado mais acessível também comunica bem com o público.

4. “Me Deixe Leve”: Alee é um fenômeno. Moleque do meu selo, artista de outro planeta, com uma criatividade absurda. A gente foi para o afrobeat, uma estética que já exploramos juntos. Essa faixa tem nossa versatilidade, nossa energia. Eu entrei no disco dele, ele entrou no meu e o público se amarrou.

Filipe Ret - Nume Epílogo - foto Steff Lima (5)

5. “Canto Alto”: Um boombap clássico, com sample recortado pelo Mãolee. É meu parceiro de longa data, assim como o Shadow, com quem fiz meu primeiro disco. Aqui, rolou um resgate dessa sonoridade. A galera sentiu o abraço, sentiu a raiz. Foi muito bem aceita.

6. “Acima de Mim Só Deus – Remix”: A Maru já tinha cantado o refrão do volume de Nume, e me ajudou a escrever também. Então, nada mais justo do que dar esse espaço pra ela, como forma de gratidão e também reconhecimento do talento. O verso dela nessa faixa é arrebatador, arrepia toda vez que ouço.

7. “Emoções – Versão Suja”: Esse é um trap RJ raiz. Usei a voz guia da primeira versão, gravada num microfone dinâmico, aquele de mão, mesmo. A guia acabou vazando, e a galera gostou tanto que resolvi lançar assim, na estética crua. Pedi para o Orochi gravar no mesmo esquema. Ele, como sempre, entregou muito. É um artista versátil e extremamente representativo.

8. “Absolvido por Deus”: Fechando o disco, com uma pegada assumidamente inspirada no Charlie Brown Jr.. Tenho uma conexão forte com Santos e o público de lá. Essa faixa é mais praiana, contemplativa, com aquele clima de fim de tarde. Quem produziu foi o Johnny Monteiro, que entende muito de rock e me ajudou demais. O Heitor Gomes, que já tocou com o Charlie Brown, destruiu no baixo.

Filipe Ret - Nume Epílogo - foto Steff Lima

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11/08/2025

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Erick Bonder