Jeremy Fish é original de Nova York mas mudou-se para São Francisco para estudar arte no San Francisco Art Institute. O cara faz arte com o espírito das ruas, pinta nossos conflitos e chagas, nos faz pensar. Não sei nada sobre os rumos da arte, mas gosto muito dessa influência das ruas e do grafitti que tem aparecido cada vez mais forte. A parceria com Ian Matthias Bavitz, o Aesop Rock vem desde 2006 quando lançaram o livro que brinca sobre bloqueio criativo chamado “The Next Best Thing”, com 24 páginas de arte e um vinil 7” com dois sons de Aesop.
Em 2007 o quinto albúm full de Aesop “None Shall Pass” teve a arte assinada por Fish.
No fim do ano passado, Fish lançou a exposição “Ghosts of the Barbary Coast” sobre violência, gangues e prostituição nos tempos de guerra pelo ouro na califórnia da segunda metade do século XIX. Aesop Rock aparece de novo, desta vez na ambientação da galeria com o som “Tomorrow Morning”. Quem visitou a Gallery Fifty em San Francisco, onde rolou a função, podia comprar um dos 100 kits compostos de uma tábua com a arte de Fish junto a um pen drive com um catálogo digital do artista, o som de Aesop completo, a versão instrumental e a letra, tudo por 15$. Ainda não dá pra fazer o download de uma tábua, mas a arte e o resto do kit está no site da Definitive Jux.
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A convergência de mídias tá ai. Mas e as artes? Podíamos ter mais iniciativas assim aqui no Brasil.