Nesta quinta-feira (28/8), o duo Lambada da Serpente, formado por Son Andrade e Ramiro Galas, lança o EP homônimo de estreia. O projeto, que lembra o nome da música do Djavan do álbum Alumbramento (1980), tem objetivo claro: levar os ritmos da América Latina para a pista de dança.
Os brasilienses talvez reconheçam o nome dos DJ’s: pela capital federal, são responsáveis por organizar festas que celebram a música latina. O EP não poderia seguir um caminho diferente — explora beats sintéticos e acordes tradicionais, da cumbia ao carimbó.
Quem dá play também percebe outras referências, como reggaeton, brega, baião e forró. Solo, o potiguar Son Andrade é fundador do Jazz na Carta, Ondas Tropicais e pesquisador musical. Já Ramiro é fundador e ex-integrante do grupo Forró Red Light e tem músicas listadas nas trilhas sonoras de espetáculos cênicos, curtas e longas-metragens.
Leia (e ouça) Lambada da Serpente (2025) faixa a faixa abaixo:
“Salve”: pegada cumbia com beat eletrônico bem marcado. Melodia simples com uma vibe “pra cima”, tocada com sintetizadores vintage, que dão um ar nostálgico à faixa.
“Cumbia do Médio Oriente”: cumbia eletrônica que flerta com o reggaeton. Com percussões mais agressivas, a melodia cria um ambiente exótico a partir de uma “escala árabe”. A música remete aos ventos do deserto, faquires e serpentes se movimentando, com toques de adrenalina e tensão.
“Breguinha Sintético”: melodia escrita inicialmente para ser um baião, com percussões tipicamente brasileiras, como triângulo, atabaque e pandeiro. A faixa acabou virando cumbia para provar que existe um diálogo profundo entre as manifestações musicais populares do Brasil e da América Latina.
“Melozinha”: faixa relax. Cumbia com um beat bem suave e foco na percussão. As melodias são tocadas por synths com timbres modernos, acompanhados por uma guitarra com vibe “havaiana”. Interação com a natureza é a inspiração.