No último final de semana de setembro, Brasília foi tomada por uma explosão de ritmos e culturas no Festival Ocupa o Museu, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que trouxe uma incrível diversidade de artistas e atrações de diferentes regiões do Brasil para a capital federal.
Em um evento que celebra a pluralidade cultural do país, a edição deste ano foi marcada pela presença de talentos vindos do Rio de Janeiro, Maranhão e Pará, criando um caldeirão de influências que transbordou para o público presente, compondo uma noite memorável.
A atração principal da noite foi a sempre inovadora Leona Vingativa, que deixou claro porque é uma das artistas mais aguardadas do momento. Durante sua apresentação, a cantora revelou em primeira mão à Noize que está em processo de produção de uma música-paródia sobre a COP30.
A expectativa é alta, pois, além de tratar de um tema de grande relevância ambiental, a música contará com participações especiais, incluindo a possível colaboração de sua madrinha, a também paraense Gaby Amarantos. “Sempre me pedem pra fazer música pro Círio, pra Copa, pra festivais, mas nem sempre tenho tempo. Agora, já estou produzindo uma nova e espero que gostem!”, disse Leona, gerando ainda mais empolgação entre os fãs.
Em conversa com a reportagem, Leona também falou sobre o impacto do rock doido, estilo típico do Pará que vem ganhando cada vez mais visibilidade, especialmente com artistas como Gaby Amarantos e Viviane Batidão. “É uma coisa importantíssima. A gente precisa chamar atenção tanto para os problemas quanto para as nossas partes boas do Pará. O nosso rock doido está onde sempre mereceu estar. Na verdade, muita música tem referência do Pará, Joelma por aí, Gaby por aí, Viviane Batidão, entre outras”, disse Leona com orgulho.
Ela ressaltou como o movimento tem ganhado novos contornos e se expandido para além das fronteiras do estado. “O Pará é uma terra de músicos incríveis, e esse som agora está em todos os lugares, atravessando fronteiras e ganhando os palcos nacionais.” A noite, no entanto, não se limitou apenas à Leona Vingativa. A aparelhagem Tudão Crocodilo, uma das mais esperadas atrações do evento, também subiu ao palco e encantou o público com sua energia única.
A equipe de aparelhagem do Pará mistura música eletrônica com os ritmos dançantes das tradicionais aparelhagens paraenses, criando uma atmosfera frenética e irresistível. Com um set recheado de batidas intensas e sintetizadores vibrantes, o Crocodilo levou a galera ao delírio, mostrando, mais uma vez, a força da cena musical do Pará no cenário nacional.
O Festival Ocupa o Museu foi, sem dúvida, um retrato da diversidade e da força da cultura nacional, especialmente no que diz respeito à sua musicalidade. O público presente era igualmente eclético, representando uma diversidade de idades, estilos e origens, algo que só contribuiu para a troca de vivências e experiências durante o evento.
A atmosfera vibrante e acolhedora reforçou a importância de eventos como esse para o fortalecimento do cenário cultural da cidade. Além das apresentações musicais, o festival também se destacou pela sua capacidade de integrar diferentes manifestações artísticas. O Museu, local que já carrega uma história de apoio à cultura e à arte, foi o espaço perfeito para esse encontro de sons e imagens.
A ideia de ocupar esse espaço com o talento de artistas de várias partes do Brasil se mostrou uma fórmula de sucesso, promovendo uma verdadeira imersão nas culturas regionais, mas também no que há de mais moderno e experimental na música brasileira.