Luedji Luna: conheça os produtores de “Um Mar Pra Cada Um,” e “Antes Que a Terra Acabe”

17/09/2025

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Por: Vitória Prates

Fotos: Divulgação/Henrique Falci, Gabriel Twardowski, Victor Silveira, Cristina Morais e Lucas Dias

17/09/2025

Como boa geminiana, Luedji Luna não tem medo de explorar todos os seus lados. Neste ano, a criatividade explodiu e nasceram os álbuns Um Mar Pra Cada Um, (2025) — título #99 do NRC — e Antes Que A Terra Acabe (2025) — este, disponível em pré-venda no NRC+ -. 

Lançados no intervalo de 18 dias, os discos são um espelho do outro. “Ambos me humanizam, eles mostram a contradição do ser humano. Por isso digo que são espelhados: cada um carrega uma versão de mim. É como se um fosse a antítese do outro — é a mesma essência, só que ao contrário”, reflete a artista.

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Assim como nos trabalhos anteriores, as letras versam sobre amor, ancestralidade e espiritualidade. “Em Um Mar Para Cada Um, eu trago o amor numa perspectiva de autoconhecimento. Cada canção é para um amor diferente. Tem a ver com a necessidade de querer receber esse amor oceânico e profundo”, explica.

“Já Antes Que A Terra Acabe tem a vibe apocalíptica, ele nos traz a ideia de hecatombe e fim do mundo. Nos revela sobre os lugares em que a gente pode ir para acessar esse amor, e dentro disso, nem tudo são belezas”, completa. 

Para tirar projetos tão vivos do papel, Luedji Luna convidou um time talentoso de produtores, uns que já são parceiros de longa data da baiana e outros que colaboram pela primeira vez. “Quis fazer tudo diferente, então chamei várias mentes brilhantes”. 

Todo time precisa de um capitão e, em Um Mar Pra Cada Um, (2025) e Antes Que A Terra Acabe (2025), Luedji Luna assumiu as rédeas da produção musical, comandando a equipe. Abaixo, conheça mais sobre os produtores dos dois projetos. 

Duda Raupp

Produtor musical, beatmaker e multi-instrumentista, Duda Raupp tem dois EPs na discografia: Giro (2021) e De Dentro Para Fora (2022), com um álbum a caminho. Sua produção bebe do soul, R&B e hip hop, mas sem abrir mão dos ritmos tradicionais brasileiros. 

Formado em Música Popular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), seu álbum de estreia promete influências do rap e soul. Além da artista baiana, já trabalhou ao lado de Melly, Rashid e Xamã.

Kato Change

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Parceiraço de longa data, o guitarrista e produtor queniano Kato Change resgata a herança da música africana, com toques de jazz, blues e sonoridades eletrônicas. The Change Experience (2015), Abiro (2018) e Sazile (2020) dão um gostinho do seu trabalho solo. 

Morador de Nairóbi, o músico já trabalhou em quatro projetos brasileiros, dois deles com a cantora baiana: o primeiro,no álbum Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água (2022). A Noize entrevistou o músico no mês passado, confira o papo na íntegra aqui. 

Zudizilla

Zudizilla é rapper, artista plástico e produtor musical. Sua base sonora está no hip hop e jazz, mas também se aproveita da música popular brasileira. Parceiro criativo e de vida, colabora em ambos os discos da baiana.

Solo, traz na discografia quatro álbuns: Faça a Coisa Certa (2016), Zulu: De Onde Eu Posso Alcançar o Céu Vol.1 (2019), Zulu: De César a Cristo (2022), pelo qual venceu a categoria de “Melhor Disco de 2022” no Prêmio Rap Brasil e Zulu: Quarta Parede. Vol.3 (2023).

Lucs Romero

Artista eletrônico e produtor musical, Lucs Romero constrói uma sonoridade que transita entre dance e hip hop. O artista e produtor musical já trabalhou com Tuyo, Jade Baraldo e Franky Hill. Atualmente, é diretor musical do Junior e toca na Fresno. Em Um Mar Pra Cada Um, (2025) co-produziu a faixa “Rota”.

Curumin

Curumin é o nome artístico do cantor e instrumentista Luciano Nakata Albuquerque. Sua produção incorpora elementos de hip hop, funk, jazz, bossa nova e samba. A discografia conta com cinco álbuns, sendo Pedra de Selva (2024) o mais recente.

Nesta produção, o artista mergulha em reflexões sobre as mudanças climáticas e as desigualdades sociais. Com Luedji Luna, participa da faixa “Gamboa” no álbum Antes Que a Terra Acabe (2025). 

Fejuca

Três vezes vencedor do Grammy, o produtor, multi-instrumentista e diretor musical Fejuca respira brasilidade. Entre colaborações com outros artistas e agenda movimentada de shows, Fejuca também conta com 8 milhões de ouvintes no Spotify. 

Em Antes Que A Terra Acabe (2025), ele assina a produção da faixa “Apocalipse”. Também vale conferir seu trabalho com Emicida — na direção musical do show Amarelo — e produção do álbum Indigo Borboleta Anil (2021), da Liniker. Por fim, ao lado de Mariana Aydar toca o projeto Aqui em Casa. 

Toty Sa’Med

Toty Sa’Med passeia pelo afro-jazz ao neo soul com referências da música tradicional africana. Em Antes Que a Terra Acabe (2025), o angolano assina a produção da faixa “Farol da Barra”. 

Além do trabalho como produtor musical, Toty também mantém uma carreira solo. Nisso, vale conferir o EP de estreia Ingombota (2016) e o álbum Moxi (2022). Ele mora em Lisboa e, frequentemente, colabora com artistas locais, principalmente do fado. 

Iuri Rio Branco

O brasiliense Iuri Rio Branco bate cartão na discografia de diversos artistas. Duas vezes indicado ao Grammy Latino, o produtor traz no currículo colaborações com Gal Costa, Marina Sena, Rachel Reis, Yago Oproprio, Luísa Sonza, Duquesa, Anavitória e mais. 

Para além da produção musical, desde 2009, Iuri é responsável pelas trilhas sonoras de séries e filmes para Netflix, HBO e Amazon. A faixa “Ioiô”, de Antes Que A Terra Acabe (2025), é a primeira colaboração dele com Luedji Luna. 

Lucas Cirilo

Por fim, Lucas Cirilo participa da faixa “Mara”, em Antes Que a Terra Acabe (2025). Vencedor do Grammy Latino, o compositor, produtor, diretor musical e gaitista quer preservar o som ancestral, com um toque de modernidade.

São 15 anos de estrada com turnês pelas Américas e Europa, ele comanda o núcleo criativo Timeline, que já produziu canções para Rashid, Xênia França, Maria Gadú e Criolo. Já dividiu o palco com grandes nomes, como Elza Soares. 

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17/09/2025

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