Desde o início, o 5 a Seco surge como uma espécie de projeto paralelo para os seus integrantes. Isto porque Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderoni possuíam, desde o princípio, suas carreiras solo.
O primeiro disco do grupo, Ao Vivo No Auditório do Ibirapuera (2012), registra o encontro dos cinco amigos no palco interpretando os seus próprios repertórios. Com a aceitação do público, vieram os discos de estúdio, Policromo (2015) e Síntese (2018), mas os artistas sempre mantiveram suas atividades fora do quinteto.
Além de lançarem discos assinando sozinhos, os amigos também atuaram, cada um, ao lado de outros parceiros. Alguns deles se envolveram com projetos sociais, outros com produção musical e até mesmo com literatura e teatro. Em 2019, quando estrearam o quarto disco, Pausa, e anunciaram um hiato, a intenção era que cada um pudesse focar mais no próprio trabalho.

“Houve um movimento exploratório durante essa pausa, de cada um se explorar em outros cenários e vertentes. E a marca 5 a Seco se retroalimenta. O motivo da pausa e o motivo da volta são os mesmos”, declarou Vinicius.
De fato, após cinco anos, Sentido (2024) chega apresentando uma música renovada e um 5 a Seco com outra cara. O disco chegou após a banda anunciar seu retorno no Coala Festival e agora está disponível em disco de vinil para assinantes do NOIZE Record Club.
“Quando a gente volta, tem um lugar muito claro de onde cada um está composicionalmente. O disco é uma celebração dessas individualidades que se fortaleceram durante a pausa”, refletiu Altério.
Abaixo, fizemos uma apresentação da carreira solo de cada integrante do 5 a Seco, para que você possa mergulhar ainda mais fundo no universo do grupo. Confira.
Leo Bianchini
Tem dois discos lançados: Mundrungo (2016), ao lado de Barão Di Sarno, com uma pegada bem rock’n’roll; e Solto no Mundo (2021), no qual traz participações de Almério, Rajana Olba, Tó Brandileone, Fábio Peron, Yuri Prado e Loupeta Sako. Também participou do projeto social Músico Cidadão, que ensina música para imigrantes em território brasileiro e atualmente vive em Portugal.

Pedro Altério
Possui um álbum solo, De Cara Limpa (2023), produzido por Tó – que também participa do disco como feat, além de MARO – no qual interpreta suas canções com arranjos centrados no violão. Além disso, possui um disco homônimo com Bruno Piazza e parcerias com Paulo Novaes (Luz da Vida, 2020), Genaro Magri (“Nosso Carro Azul”, 2025), Rodrigo Alarcon e IVYSON (“Até o Sol Aparecer”, 2025).

Pedro Viáfora
Estreou solo com Feliz Pra Cachorro (2013), um disco de MPB que conta com interferências pontuais de guitarras distorcidas. Em parceria com Pedro Altério, mantém a dupla Pedros e gravou o EP Movimento (2020), além de realizar shows com o projeto. Apresenta Me Deixa Ser o Seu Parceiro ao lado de seu pai, Célso Viáfora, com quem divide uma série de composições.

Tó Brandileone
Lançou Tó Brandileone (2008), Ontem Hoje Amanhã (2013), Eu Sou Outro (2016) e Reações Adversas / Ao Persistirem os Sintomas (2025). Também é produtor musical e trabalhou com artistas como Maria Beraldo (Colinho, 2024), Anavitória (Cor, 2021 – com o qual venceu a categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo no Grammy Latino) e Mariana Aydar e Mestrinho (Mariana e Mestrinho, 2024).

Vinicius Calderoni
Em carreira solo, lançou Tranchã (2007) e Para Abrir os Paladares (2012), álbuns nos quais faz a MPB flertar com o indie rock. É ator e fundador da Cia.Empório de Teatro Sortido, e possui seis livros publicados em parceria com a Editora Cobogó, além de escrever peças, como Nossa História Com Chico Buarque, e roteiros, como do longa-metragem 45 do segundo tempo, dirigido por Luiz Villaça.
