NOIZE entrevista Autoramas

23/03/2010

The specified slider id does not exist.

Powered by WP Bannerize

Avatar photo

Por: Revista NOIZE

Fotos:

23/03/2010

Eles têm quase uma década e meia de carreira, já lançaram quatro discos, participaram de muitas coletâneas e tocaram para grandes públicos desde o Japão a Montevideo. Sempre flutuando sobre a cena independente, acima das grandes majors brasileiras, os Autoramas conseguem se manter na mídia, gravar um projeto na MTV sem perder a identidade, como afirma Gabriel: “somos uma banda profissional, fazemos só o que queremos“.

*

Na entrevista, a banda falou para a NOIZE sobre a cena independente brasileira, as turnês internacionais, o início da banda e sobre o projeto MTV Apresenta Autoramas Desplugado.

Confira a entrevista completa com os Autoramas:

O Autoramas já lançou disco independentemente, já lançou disco por gravadora independente, por gravadora renomada e, agora, trabalha em um projeto com a MTV. Qual são os prós e os contras de ser independente e de trabalhar com grandes empresas? Hoje, no Brasil, vale a pena ser independente?


Gabriel: O Autoramas sempre foi uma banda independente, não importa o alcance que tenhamos alcançado, nunca tivemos contrato com uma gravadora multinacional. E trabalhar com a MTV também não muda nada disso, fizemos tudo do jeito que quisemos. O único contra de ser independente é que, na hora de produzir um cd, um dvd, um videoclipe, temos que correr atrás da grana pra viabilizar qualquer desses projetos. Mas temos nos dado bem desde o início nesse quesito. Somos uma banda profissional, fazemos só o que queremos. É claro que vale a pena ser independente.

Bacalhau: Nós sempre fomos independentes. Desde sempre. E nunca tivemos contratos com multinacionais, e a MTV sempre nos apoiou, seja quando levamos o nosso primeiro videoclipe ou nesse nosso novo projeto, as portas estão sempre abertas.

Como surgiu essa ideia do MTV APRESENTA DESPLUGADO?


Gabriel: O MTV Apresenta Autoramas Desplugado surgiu porque estávamos a fim de fazer algo diferente do que vínhamos fazendo. Queríamos fazer algo que nos fizesse tocar e cantar melhor, um desafio. Chegamos à conclusão que essa seria uma boa ideia, fazer um projeto Desplugado, mas do nosso jeito, sem tocar sentadinho, sem botar orquestra nem violino, nem transformar um rock ‘n’ roll numa musiquinha pau-mole. E acho que conseguimos: é acústico, mas é a maior pressão.

Bacalhau: Foi uma ideia muito boa, surgiu da vontade de fazer as coisas diferentes e desafiadoras. Com esse Desplugado estamos tocando melhor, foi a estreia em cd/dvd da Flávia Couri na banda e também podemos trazer músicas do nosso repertório que estavam hibernando para uma formato que nos agradou muito, e ainda fizemos duas músicas inéditas nesse formato. Estamos muito felizes com resultado ficou na maior pressão. RRRRRock!!!

Qual é a ideia da banda para os próximos meses, e ano quem vem? Vocês vão gravar álbum novo?

Gabriel: Agora estamos lançando o Desplugado e fazendo muitos shows e viajando pelo mundo, que é o que a gente mais gosta de fazer.

Bacalhau: Tocar, viajar, tocar, viajar, comprar vinil e fazer música.

O Autoramas já tocou em diversos países, vocês veem muita diferença entre o público brasileiro e o público no resto do mundo? Em que lugar vocês foram mais surpreendidos pelo público? Por quê?


Gabriel: Cada país tem um público muito diferente, cada um deles reage de um jeito. Eu gosto muito da Espanha e da Alemanha, países bem rock ‘n’ roll, galera muito louca. O que mais me surpreendeu foi na nossa última turnê na Europa, dois meses atrás, na França tivemos um show sold-out, vendemos todos os ingressos. Estávamos programados pra abrir o show, mas a procura foi tanta que viramos os headliners. Esse show foi muito bom, muita energia.

Bacalhau: Adoro todos os países, mas o que mais me surpreendeu foi Nantes, na França, onde iríamos abrir o show e, devido à procura, viramos os headliners. Foi sensacional e o show foi eletrizante, todo mundo dançando e pulando. Inesquecível.

A banda já tem algum tempo, e muito desse tempo foi no underground, com o Gabriel na Little Quail, principalmente. O que vocês pensam da cena independente brasileira, hoje? Da galera do Rio de 10, 15 anos, saiu muita gente boa. Tu acha que a galera de hoje tem esse potencial?


Gabriel: Tem muita coisa boa, mas é muito difícil se profissionalizar nesses tempos que vivemos. Acho que mais que potencial, o mais importante hoje é paciência e dedicação.

E, especialmente para o Bacalhau, como tu vê esse lance da “volta do Planet Hemp”? Como foi o período em que tu tocou com a banda? Existe a possibilidade de a banda voltar, hoje em dia? Ainda existe clima, público, espaço para o Planet Hemp em 2010?

Bacalhau: Foi muito bom o período em que toquei. Gravei dois discos e fiz muitos shows pelo Brasil com os caras. Boa sorte pra eles. Liga lá, zé.

Gabriel: Desde que o Bacalhau saiu do Planet que o D2 está à procura da batida perfeita… O Autoramas oferece um programa de reabilitação de ex-detentos (risos). O repertório de piadas é infinito!

23/03/2010

Avatar photo

Revista NOIZE