Os segredos por trás da produção de vinis coloridos

13/10/2025

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Por: Victor Thomé

Fotos: Revista Noize

13/10/2025

No fim do século XIX, os discos de vinil feitos a partir da goma-laca eram a principal novidade do mercado, sendo tocados no gramofone e comportando no máximo três faixas. Nesses discos, a cor preta usual dos vinil era via de regra, porém, com a chegada do século XX, começaram a sair as primeiras edições coloridas, que fugiram do óbvio com uma bela customização.

Os tempos avançaram e, junto a isso, veio o vinil como conhecemos hoje em dia, feito a partir da resina de PVC e comportando mais faixas com maior qualidade sonora. A partir desse momento, os discos coloridos também acompanharam essa evolução, sendo destinados para os mais diversos fins de divulgação.

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Primeiro, foram usados para separar as coleções de uma gravadora, como inicialmente fez a RCA Victor com vermelhos para a música clássica, verde para o country, azul escuro para internacionais, e por aí vai. Depois, os vinis coloridos também passaram a figurar em edições especiais, com poucas tiragens e lançamentos promocionais, como conhecemos hoje.

Produzindo vinil colorido

Nós já te contamos aqui como é feito um disco de vinil. Mas, como acontece com os vinis coloridos? Conversamos com Luciano Barreira, gerente de fábrica da Polysom, para entender um pouco mais do universo dos vinis coloridos.

Leia também: Como é feito um disco de vinil?

Como começa a produção de discos coloridos?

Os artistas geralmente indicam as cores que mais se adequam ao conceito visual e ao projeto gráfico da obra. No entanto, existe um ‘menu’ de cores disponíveis pela fábrica, já que nem todas as tonalidades são possíveis de serem produzidas. Já os rótulos funcionam como o restante dos outros gráficos, com exceção das especificações do papel para impressão. No nosso caso, isso é determinado pela Polysom em razão das características do material.

Como são feitas as variações de cor?

Para gerar as variações de cor, são adicionados pigmentos orgânicos — esses pigmentos foram escolhidos porque suportam altas temperaturas do processo de prensagem. Assim, a personalização é feita a partir da combinação desses pigmentos com a resina, e existem limitações quanto às opções de cores, uma vez que elas derivam das combinações possíveis a partir de pigmentos orgânicos de cores primárias.

Por fim, quais as diferenças, para o ouvinte, entre o vinil padrão e os coloridos?

A diferença é apenas que, em vez de adicionar pigmento, utiliza-se a própria resina transparente sem corantes. A sonoridade não muda.

Portanto, nada muda no som: o vinil colorido é uma chance de ter uma coleção variada e ainda mais bonita de discos. E você, já tem um bolachão colorido na sua estante?

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13/10/2025

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Victor Thomé