O Planet Hemp levou a turnê de despedida, A Última Ponta, a São Paulo no último sábado (15/11). Marcelo D2, BNegão, Formigão, Daniel Ganjaman, Pedro Garcia e Nobru vibraram com o público em show emocionante, com muita fumaça e grande estilo.
Desde julho, o grupo vem excursionando pelo país. Eles já passaram por Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e, em dezembro, realizam o último show em casa, no Rio de Janeiro, em 13/12 [confira ingressos aqui].
Já são mais de 30 anos de caminhada na música. Da estreia com Usuário (1995), suas letras de protestos marcaram uma geração e seguem reverberando. Os debates a favor da legalização da maconha e contra a violência policial continuam mais atuais do que nunca.
“Acabar agora é também preservar o orgulho e o carinho pelo legado da banda. Encerrar com uma turnê foda, com um show que talvez seja o maior da nossa história. Acho que o Planet merece isso. É melhor do que ir definhando aos poucos, como acontece com muitas bandas”, declarou Marcelo D2, em entrevista à Noize.
“Encontrei muita gente dizendo que começou a se interessar por política através das músicas da banda. O Planet conseguiu uma alquimia foda, era um rap trazendo novidade de flow, coisa que não rolava no Brasil, misturado com rock alternativo que a gente ouvia”, comenta BNegão, na mesma entrevista.
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Com o papo, as expectativas para o show estavam altas. Com repertório recheado, o grupo apresentou 35 músicas, no estilo que eles mesmos definem como “rap, rock’n’roll, psicodelia, hardcore e ragga”. É o caso de “Dig Dig Dig (Hempa)”, “Queimando Tudo”, “Legalize Já”, “Stab” e “Zerovinteum”, e as mais recentes, “Jardineiro” e “Distopia”.
O show de abertura ficou por conta de BaianaSystem, o primeiro palco após a vitória no Grammy Latino por O Mundo Dá Voltas (2025), na categoria “Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa”.
Entre os convidados especiais, a banda trouxe Emicida, Seu Jorge, DJ Zegon, Pitty, João Gordo e Black Alien, ex-integrante do grupo, louvado pela plateia e pelos companheiros. Com a tour, o Planet encerra a trajetória com a certeza de que ficaria em alta por mais 30 anos.