Quarto álbum de Rubel, Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso? (2025), é um trabalho cheio de peculiaridades dentro da obra do artista carioca. Desde a forma que foi gravado até as canções alheias incorporadas ao repertório autoral, o disco traz diferenças marcantes em relação à Pearl (2015), Casas (2018) e As Palavras Vol. 1 & 2 (2023).
“Ele é a abertura de uma nova trilogia. Vejo os três primeiros como parte de uma série. O quarto disco é um resumo das experiências que tive nos anteriores e, ao mesmo tempo, ele celebra um novo momento”, explica Rubel em entrevista à Noize #164.
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Agora, Rubel está em turnê nacional com o novo disco e passará por todas as capitais brasileiras: “Como o novo disco foi pensado essencialmente para voz e violão, acabou juntando a fome com a vontade de comer. Eu já tinha esse desejo de rodar o país com um show, e, para fazer isso, tinha que ser nesse formato solo”.
Abaixo, contamos cinco curiosidades sobre o quarto álbum do carioca que talvez você ainda não saiba. Conheça cada detalhe que torna Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso?, disco inaugural de uma nova fase na carreira de Rubel.

1. Rubel criou todas as canções em seu home studio, durante a recuperação de uma cirurgia no coração. Segundo o artista relatou em entrevista à Noize, as letras foram escritas no período contínuo de um mês, todas em conjunto, tornando coesos os temas e técnicas utilizados em cada canção.
2. Beleza. Mas agora a gente faz com isso? também traz versões de Rubel para canções de outros artistas. A faixa “A Janela, Carolina”, é uma tradução original de “A La Ventana, Carolina”, do compositor mexicano de El David Aguilar. Já “Reckoner”, que fecha o álbum, é um clássico do álbum In Rainbows (2007), da banda inglesa Radiohead.
3. Os arranjos de cordas e sopros são majoritariamente de Henrique Albino, músico pernambucano que já trabalhou com artistas como Liniker e Amaro Freitas. O artista só sai de cena para abrir espaço a uma participação luxuosa: o maestro carioca Arthur Verocai assina os arranjos de “Reckoner”, criando uma ambientação etérea, típica de sua linguagem musical.

4. O título do álbum é inspirado no livro Triste não é ao certo a palavra (2023), do escritor carioca Gabriel Abreu. A narrativa traz a história de um filho que busca por registros possíveis da mãe, prestes a falecer. A temática da vida e da morte, presente no romance, também ocupa lugar central no quarto álbum de Rubel, que traz reflexões sobre o tempo e a finitude dos momentos.
5. Rubel cita Djavan, Aldir Blanc (“Pergunta ao Tempo”) e o escritor português Valter Hugo Mãe (Noite de Réveillon) nas canções. As citações não são uma novidade na obra do carioca — desde Pearl (2015), seu disco de estreia, Rubel já se inspirava em Ernest Hemingway e deu à sua música o mesmo título de uma obra do autor, “O Velho e O Mar”.
