“Sesc Jazz propõe experiências musicais singulares”, diz curadora do evento

13/10/2025

The specified slider id does not exist.

Powered by WP Bannerize

Avatar photo

Por: Vitória Prates

Fotos: Divulgação/Micael Hocherman, Murilo Alvesso, Henrique Falci, José de Holanda, Larry Hirshowitz, Cedrick Nöt, Jetro Emilcar e Matthew Donaldson

13/10/2025

Com ingressos concorridos, a 6ª edição do Sesc Jazz se inicia nesta terça-feira, 14/10, com programação em nove unidades do Sesc, em São Paulo. O line-up com 27 artistas traz nomes nacionais e internacionais, e destaca o passado e o presente do estilo musical. A abertura no Sesc Pompéia fica por conta do músico senegalês Baaba Maal.

“Entendemos o jazz de forma expandida, como uma tecnologia musical resultante da diáspora africana. Voltamos a olhar para um desses desdobramentos específicos no Brasil: o samba-jazz, um ritmo que nos guiou para propor diversos shows da programação”, comenta a curadora, Giovana Moraes Suzin, em entrevista à Noize.

*

Dentro deste cenário, o festival propôs encontros inéditos, como o dos pianistas Dom Salvador e Amaro Freitas, um tributo a Leny Andrade com Eliana Pittman, Rosa Marya Colin e Indiana Nomma; e o encontro de Evinha e Marcos Valle. Também vale destaque para a apresentação de Luedji Luna e Alaíde Costa, que levarão pela primeira vez ao palco a colaboração “Bonita”, presente no álbum Antes Que A Terra Acabe (2025).

“Com essas conexões, revisitamos uma linguagem que surgiu nos anos 1950 não como algo cristalizado no tempo, mas como uma expressão que continua a reverberar nas novas gerações”, reflete Giovana. O time de curadoria conta com Flávia Rabaça, Itamar Dantas, Pérola Braz, Rosana Rocha, Silas Storion e Silvio Luis da Silva. Os shows, muitos simultâneos, acontecem em seis unidades na capital paulista e três no interior do estado — Franca, Rio Preto e São José dos Campos.

“Em São Paulo, há um público curioso por diferentes linguagens da música ao vivo. Priorizamos artistas internacionais que propõem experiências musicais singulares; e os artistas nacionais vêm em formações inéditas. Os valores acessíveis também são um fator importante, o que amplia o acesso e contribui para essa grande procura”, explica Giovana.

No palco, o jazz se funde com outros ritmos, como cúmbia, salsa, soul, R&B, funk, gospel, frevo, candombe, rock, punk e rap. Além dos shows, o público pode participar de masterclasses, oficinas, workshops e audições comentadas de discos.

Entre os destaques internacionais, vale a pena conferir o show da canadense Lido Pimienta, que chega com o recém-lançado álbum La Belleza (2025). A artista combina uma sonoridade vibrante com uma postura engajada, abordando temas como o feminino e os direitos dos povos originários.

A haitiana Moonlight Benjamin também promete uma apresentação potente, em que mescla espiritualidade com o vigor do rock psicodélico — não à toa, ela se define como uma “Patti Smith caribenha” e a “rainha punk do vodu”.

Explorando paisagens sonoras imersivas e experimentações fora do convencional, os guitarristas do Ethan De L’air vêm conquistando espaço na cena global com sua proposta ousada e envolvente. Fechando a lista, a canadense Dominique Fils-Aimé apresenta um trabalho que transita por diversos estilos com elegância, evocando referências como Nina Simone e Billie Holiday. Confira a programação completa em Sesc.

Sesc Jazz – 2025

Datas: 14 de outubro a 2 de novembro

Ingressos: Sesc

Valor dos ingressos: R$60 / R$ 30 / R$ 18

Mais informações: via Sesc

Tags:,

13/10/2025

Avatar photo

Vitória Prates