Taj Ma House: grupo potiguar que une tradição clubber a ritmos populares

14/11/2025

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Por: Isabela Yu

Fotos: Lucas Bastos e Luana Tayze

14/11/2025

Depois de celebrar o lançamento do primeiro EP no final de outubro no festival Mada, em Natal, o quarteto Taj Ma House se prepara para desembarcar em São Paulo. Neste sábado, 15/11, o grupo é uma das 20 atrações escaladas para a terceira edição do Batekoo Festival, em São Paulo. 

Unindo a tradição da house music com influências da música popular, os integrantes Pajux, Clara Luz, Elisa Bacche e Janvita misturam sonoridades eletrônicas com percussão. Tudo isso misturado a letras bem-humoradas, forjadas nas noites natalenses, especialmente no clube Frisson, casa localizado no centro da cidade. 

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“A Taj Ma House surgiu antes da gente concretizar a banda, porque circulamos na cena de house music de Natal. Sou DJ há dez anos, Jovita e Elisa também. A Clara é vocalista há mais de 20. Foram os caminhos da cena que fizeram a gente se encontrar. A banda foi parida pela própria cena”, explica Pajux, nome artístico do DJ e produtor cultural Frank Aleixo. 

Paralelos sudestinos com o grupo podem ser estabelecidos com NoPorn, Teto Preto e Vera Fischer Era Clubber, no entanto, o quarteto traz o molho nordestino à equação. Pela própria geografia da cidade, o som da banda chega atravessado por outras referências não tradicionais do cenário clubber. 

Para Janvita, o tempero está na mistura de influências: “Isso tem a ver com o cruzamento das nossas vivências. Nós vivemos em uma cidade no litoral nordestino, consumimos muita suingueira, bregadeira, axé – músicas com batuque e percussão. O que fizemos no EP foi transpor a nossa cena em música”. 

“Por ser uma cidade pequena, a gente precisa coexistir. A cena de samba convive com as festas de house e os shows de rock. A gente precisa conviver para se perpetuar, essas misturas vem da necessidade de lazer”. 

Fora a parte sonora, há o ethos do clube como espaço de resistência LGBTQIAPN+: “Obviamente, há a irreverência e alegria de convidar outras pessoas a fazerem parte dessa casa, esse espaço que quer acolher acima de tudo”. 

Há uma simbiose entre os integrantes, que se encontraram pelas afinidades sonoras e de pontos de vista. Com 20 anos de estrada, Clara Luz já integrou outros grupos, mas nunca havia se identificado tanto com um coletivo: “É um caminho não só de irreverência e alegria, mas um lugar de acolhimento e corpos. A casa está aberta para eles virem como são, isso é a house music”.

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14/11/2025

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Isabela Yu