Tatiana Nascimento estreia com “meio beat meio banzo” e feat com Luedji Luna; leia faixa a faixa

29/10/2025

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Por: Revista NOIZE

Fotos: Divulgação/Sergio Silva

29/10/2025

Estreando na música, Tatiana Nascimento lança meio beat meio banzo (2025). O álbum bebe do R&B, samba, blues e afoxé para contar a história da diáspora negra na contemporaneidade. O próprio título faz referência a essa ideia, sendo o “beat” algo mais moderno e o “banzo”, ligado à tradição. 

Tatiana já é figura conhecida no mercado editorial. Com 18 livros publicados — sendo Água de Maré o mais recente — é doutora em tradução e uma das finalistas do Prêmio Jabuti de Poesia, em 2022. Antes do álbum, Tatiana já estava envolvida no mundo da música, como idealizadora do primeiro Slam das Minas do Brasil, em Brasília. 

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Produzido por Jovem Palerosi, Zebb e Neila Kadhí, meio beat meio banzo ainda conta com participações de Luedji Luna, Tiganá Santana, Vertin Moura, Jerona Ruiz e Fabio Oli, do duo Jeolionaíz e Irê Maria Odara. Para quem quiser ouvir o repertório ao vivo, Tatiana tem dois shows comemorativos nesta sexta-feira (31/10), em São Paulo, no Sesc Vila Mariana [ingressos aqui].

Em seguida, volta para casa, com show em Brasília, no Espaço Pé Direito, em 19/12 [ingressos em breve]. O show em São Paulo contará com participações especiais de Linn da Quebrada, João Menezes e Luedji Luna, além de banda formada por Venus Garland, Thaiane Athanásio, Zé Balbino e Jovem Palerosi.

Abaixo, confira meio beat meio banzo faixa a faixa:

“Duas Nações”: com um trip-hop experimental, a canção celebra o amor profundo e espiritual, conectando o candomblé ao sentimento de pertencimento e fé. Tiganá Santana contribui com um dueto marcante, e o poema final conecta a letra ao universo de Oxalá. 

“Malembe”: com influências de bossa velha e quiet storm, Malembe é uma canção que fala sobre o direito de amar, com referências às forças de Exu e uma homenagem a minha irmã mais nova, Taísa.

“Mil Grau”: faixa de amor e esperança, a produção mistura R&B e jazz. O canto de um Anu Preto, ave que embeleza o cerrado, dá profundidade ao tema da canção, que explora os sonhos e a necessidade de voar livre.

“Extinção”: com uma sonoridade mais sombria, evoca a perda e o banzo. Inicialmente uma canção de amor perdido, no disco torna-se também uma homenagem à memória de Léo Maré, quem primeiro harmonizou a canção e assina os violões da faixa. A aproximação a uma atmosfera afrofuturista se dá com as intervenções do duo experimental Jeolionaíz.

“Dengo”: uma das faixas mais emocionantes do disco, Dengo tem a participação de Irê Maria Odara cantando para Yemanjá. A música é um grito de celebração ao amor negro e à ancestralidade, com influências de funk e R&B.

“Calisto”: inspirada no poema Lundu, Calisto explora o amor sapatão com uma mistura de bossa e elementos mais dramáticos. A canção se expande em sua narrativa, com uma dinâmica de declamação e música que traz um forte toque pessoal.

“Estrela do Mar”: ritmo solar, Estrela do Mar mistura banzo e esperança. A faixa tem uma sonoridade alegre, homenageando Oxum e o autoamor. A produção experimental de Neila Kadhi, com a presença de gravações de Irê compondo o beat, adiciona um charme inusitado à canção.

“Shangrilá”: uma canção de amor e gratidão, Shangrilá fala sobre a relação de Tatiana com sua filha e sua origem. A colaboração de Luedji Luna no vocal e o groove acelerado do afrobeat tornam a faixa ainda mais marcante.

“Magia de Fundo de Quintal”: a última faixa do EP é uma parceria com Dani da Silva. Com uma produção que mistura batidas industriais com melodia suave, Magia de Fundo de Quintal fala sobre a cura e os caminhos que a natureza e os Orixás oferecem, trazendo uma sensação de reflexão profunda.

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29/10/2025

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