Após enfrentar dificuldades financeiras e atrasos nas entregas, o clube de discos Vinyl Me, Please promete se recuperar no mercado de uma nova maneira: como propriedade da VNYL Inc.
Fundada em 2013 em Denver, nos Estados Unidos, a plataforma se tornou uma das maiores e mais influentes no mercado de discos de vinil e do mundo, chegando a ter 80 mil clientes ativos, segundo a Billboard. Com o passar dos anos, o Vinyl Me, Please construiu um público fiel, por meio de assinaturas do clube de discos ou compras avulsas.
No entanto, a plataforma entrou em liquidação sem maiores explicações, e deixou diversos clientes desamparados e preocupados com a possibilidade de nunca receberem suas mercadorias ou o reembolso. Em um comunicado à imprensa, Nick Alt, CEO da VNYL, deixou claro que isso não vai acontecer.
“Acho que muitos desses clientes não recebem nenhuma atualização há semanas, ou talvez até meses, e, mesmo quando recebem, pode ter sido de um chatbot de IA”, refletiu. “Se eu estivesse nessa situação, também estaria muito irritado. Ficaria furioso. Por isso, acho que vocês vão perceber que adotamos uma abordagem diferente no atendimento ao cliente, priorizando a humanidade no relacionamento com essas pessoas, em vez de jogá-las em um atendimento automático e sem sentido”, reforçou Alt.
Em uma entrevista à Variety, os novos proprietários da Vinyl Me, Please adquiriram a empresa em uma disputa de lances realizada durante o processo de falência. Nick afirma que seu principal objetivo com a aquisição é fazer com que a empresa retorne à sua “verdadeira forma como o ‘Melhor Clube de Discos do Mundo’”.
Sobre as mudanças, a nova presidente da plataforma, Emily Muhoberac, especialista em vendas diretas ao consumidor, explica: “Os clientes de vinil merecem um atendimento de excelência, e isso está muito longe do que receberam recentemente. Nossa intenção é voltar aos princípios fundamentais da VMP, oferecendo uma experiência incrível ao cliente.” A partir de agora, a empresa será integrada às marcas VinylBox e VNYL, operando como uma empresa-irmã especializada em áudio de alta qualidade.
Além disso, os novos donos também planejam manter a empresa funcionando com o apoio de sua tecnologia proprietária, que, segundo eles, utiliza dados de streaming e de vendas de discos para identificar tendências e decidir quais álbuns devem ser prensados, o que aumenta a eficiência do negócio.
“Nossa filosofia é simples: nem todo colecionador é igual. Alguns querem uma caixa especial com a coleção da Blue Note. Outros estão contando os dias até o lançamento do novo álbum da Reneé Rapp. Estamos criando clubes diferentes para atender perfis distintos de ouvintes — com preços e curadorias que realmente façam sentido para cada um deles”, finaliza Alt.